Denúncia contra Vaillant

A Assembleia Legislativa vem mostrando desinteresse em investigar a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) de rachid no gabinete do deputado estadual Robson Vaillant (DEM). Para os meios políticos, a impressão é que este será mais um caso de impunidade, favorecido pelo corporativismo dos deputados.O posicionamento da Mesa Diretora, presidida pelo presidente do partido de Vaillant, Elcio Alvares, em relação ao caso, deixou claro que a Casa não terá pressa em apurar as denúncias. Alvares pretende ouvir Vaillant antes de tomar qualquer providência em relação ao caso, função que deveria ser desempenhada pela Corregedoria da Casa, depois que o processo fosse instaurado no órgão.A Corregedoria só pode agir depois de uma denúncia formal, que pode ser feita pela Mesa Diretora, por qualquer deputado do plenário ou por um cidadão. Para fazer a denúncia, a Mesa não precisaria sequer da documentação, que também pode ser solicitada pela Corregedoria no decorrer da apuração. A repercussão do caso já serviria de subsídio para a denúncia.O desgaste com o caso, porém, é inevitável. Sobrou até para o segundo secretario da Mesa, Givaldo Vieira (PT). Como também é presidente do partido, ele vem sofrendo pressão para que protocole o pedido de investigação. No caso de a denúncia ser feita por um presidente de partido, o peso é maior e a investigação corre em 90 dias prorrogáveis.Na última sexta-feira (23), o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) divulgou a ação movida contra o deputado por atos de improbidade administrativa. Segundo a denúncia do MPES, os servidores lotados no gabinete do deputado estadual eram coagidos a entregar parte de seus vencimentos sob a ameaça de exoneração. O Ministério Público pede à Justiça que seja determinado o desconto na folha de pagamento da Assembleia dos valores equivalentes a 70% dos vencimentos e o afastamento de Robson Vaillant do mandato.

Fonte: http://www.seculodiario.com.br/
Reportagem : Renata Oliveira